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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012


 “Existe um mundo que acontece pelo desenrolar lógico da história, em toda a sua crueza e insensibilidade. Mas há um mundo igualmente concreto que nasce dos sonhos: a Pietá, de Michelangelo, o Beijo, de Rodin, as telas de Van Gogh e Monet, as músicas de Tom Jobim, os livros de Guimarães Rosa e de Saramago, as casas, as comidas: eles existiram primeiro como sonho, antes de existirem como fato. Quando os sonhos assumem forma concreta, surge a beleza”.
Rubem Alves

        Ninguém defende aquilo em que não acredita [...] O trabalho com projetos incentiva e valoriza o protagonismo dos estudantes e desloca o professor do lugar de quem detém, exclusivamente, o saber. Contribui para que a escola se transforme em local de construção e de produção do conhecimento e não somente de sua transmissão, de forma compartimentada. A vivência de projetos, junto às crianças e adolescentes, é uma experiência marcante que se ancora no prazer de aprender.


Referência
GANDIN, Adriana Beatriz; FRANKE, Soraya Silveira.  A organização de projetos na escola: um sonho possível! Brasília: AEC BRASIL, São Paulo: Loyola, 2005.

IMPLEMENTANDO UM PROJETO

         Para trabalho com projetos, é importante observar algumas etapas:

  • Escolha do tema: é o ponto de partida para a realização de um projeto. Pode pertencer ao currículo oficial, proceder de uma experiência comum dos alunos, originar-se de um fato da atualidade ou surgir de um problema proposto pelo professor. O importante é que ele seja de interesse, necessidade e relevância de todos os que estarão trabalhando nele, o que implica na possibilidade de haver vários temas de projetos dentro de um mesmo grupo.
  • Planejamento do trabalho: etapas, objetivos e conteúdos. Após a escolha do tema planeja-se o trabalho, definindo seus objetivos e conteúdos e etapas pelas quais ele passará.
  • Problematização: levantamento de como estudar o tema escolhido, que ideias, dúvidas e conhecimentos prévios os alunos têm sobre o mesmo.
  • Execução: busca de informação, pesquisa, sistematização e produção. Esse é o momento do grupo desenvolver as questões levantadas na fase de problematização. Na fase de execução é fundamental a atuação do educador no acompanhamento do desenvolvimento do trabalho, de tal forma que suas intervenções levem os educando a confrontar suas ideias, crenças e conhecimentos com as informações levantadas através das pesquisas realizadas, analisando-as e relacionando-as a novos elementos. A sistematização das informações auxilia educador e educando a responderem às questões iniciais e às novas questões que surgirem no processo da pesquisa sobre o tema, contribuindo na sua produção.
  • Divulgação: divulgar os resultados dos projetos de trabalho com o objetivo de socializar o conhecimento produzido pelo grupo. Pode ser feita com dossiês e discussões. As pesquisas e os resultados obtidos não devem ser limitados ao espaço da instituição, pois a interação com a comunidade é importante – nela encontramos condições reais sobre as quais as discussões são realizadas. Além disso, com a divulgação dos resultados dá-se concretude e sentido às produções do grupo, promovendo a autoestima dos alunos e atribuindo um significado maior às suas produções.
  • Avaliação: constata o envolvimento do aluno com o projeto e atesta o conhecimento adquirido por ele em relação ao seu conhecimento prévio e aos objetivos propostos.

Referência

MAIA, Christiane et al. Didática: organização do trabalho pedagógico. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009, p. 156-157.

Transdisciplinaridade

Piaget (1972) apresenta três categorias que caracterizam os níveis de colaboração e integração entre disciplinas. Entre elas, a transdiciplinaridade - “implica a construção de um sistema total sem fronteiras sólidas entre as disciplinas. Seria a etapa superior de integração”.
Na visão de Jantsch (1972), existem cinco níveis de interação entre disciplinas, que se referem às formas de relação e às etapas de colaboração e coordenação entre elas. Aqui, destaco apenas a transdisciplinaridade – “nível superior de integração, em que os limites entre as disciplinas se dissolvem, constituindo um sistema total que transcende o plano de relações e interações entre elas”.
Nicolescu (2005) identifica também a existência de três categorias de transdisciplinaridade: a teórica (com definição geral do termo e uma metodologia bem estabelecida), a fenomenológica (construção de modelos que conectem os princípios teóricos a dados experimentais) e a experimental (realização de experimentos bem definidos que permitem sua replicação), sendo que a redução da transdisciplinaridade a apenas um desses aspectos é perigoso, por transformá-la em uma moda passageira. Para esse autor, é necessário trabalhar simultaneamente essas três categorias, o que vai permitir o tratamento unificado e não dogmático da teoria e prática transdisciplinares.

Referências

JANTSCH, Erich. Vers l'interdisciplinarité et la transdisciplinarité dans l'enseignement et l'innovation. In: APOSTEL, Léo (ed.). L'interdisciplinarité: Problèmes d'enseignement et de recherche. Paris: OCDE, 1972. p.98-125.

PIAGET, Jean. L’épistémologie des relations interdisciplinaires. In: APOSTEL, Léo (ed.). L'interdisciplinarité: Problèmes d'enseignement et de recherche. Paris: OCDE, 1972. p.131-144.

NICOLESCU, Basarab. Transdisciplinarity: past, present and future. In: CONGRESSO MUNDIAL DE TRANSDISCIPLINARIDADE, 2., 2005, Vila Velha/Vitória. Disponível em:<http://www.cetrans.com.br/generico7494.html?iPageId=274>. Acesso em: 20 nov. 2012.

PEDAGOGIA DOS PROJETOS

Olá turma,
Vejam uma excelente aula sobre "Pedagogia dos projetos" com o Dr. Nilbo Nogueira.



NOGUEIRA, Nilbo. Pedagogia dos projetos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=eguk20OL76c>. Acesso em: 14 dez. 2012.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Ainda sobre fichamento...

O fichamento é bastante utilizado pelo pesquisador para guardar informações a respeito de obras lidas e que não lhe pertença. Deverá seguir uma uniformidade durante toda sua investigação. A ficha deverá ser sempre organizada da forma para poder manter-se uma harmonia consensual opinativa e conclusiva, com todas as anotações referenciais necessárias para um perfeito reconhecimento.

JORGE, Lopes. O fazer do trabalho científico em ciências sociais aplicadas. Recife: Ed. Universitária da EFPE, 2006, p. 123.
Fonte da imagem: http://fasaarquiteturaeurbanismo.blogspot.com.br/2012/03/metodologia-cientifica-modelo-de.html

quarta-feira, 31 de outubro de 2012


Fichamento

O fichamento de um texto (livro, capítulo de artigo ou artigo periódico) é um exercício importante para o acadêmico que está se aprofundando em um tema específico. O fichamento é uma atividade que busca, primordialmente, resumir o texto lido e interpretar a posição teórica do autor/autores, sendo possível, inclusive, retirar trechos do texto, através de citações diretas e indiretas, reservando esse conteúdo para um futuro trabalho científico, como, por exemplo, uma monografia de conclusão de curso ou mesmo trabalhos em grupo, apresentações em eventos científicos.
Pode-se utilizar uma ficha propriamente dita para se realizar o fichamento de um texto. Além da redação própria do acadêmico acerca do conteúdo do material consultado, das posições teóricas dos autores e de citações com suas respectivas fontes, cabe ainda ressaltar o fato de que os dados das referências utilizadas devem ser cuidadosamente anotados na ficha, para que, mais adiante, o acadêmico não tenha que busca-los novamente na biblioteca ou na Internet.


Fonte da imagem: http://mpcgabimello.blogspot.com.br/2012/07/fichamento.html



Referência

SANTOS, Vanice dos. CANDELORO, Rosana J. Trabalhos acadêmicos: uma orientação para a pesquisa e normas técnicas. Porto Alegre, RS: AGE, 2006, p. 39.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Como incentivar o trabalho em grupo?

Este cartaz mostra as habilidades desenvolvidas por meio do trabalho em equipe. Divulgue-o